O ministro das Cidades, Alexandre Baldy afirmou ontem (26) que a pasta está negociando com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão a recomposição do orçamento do Programa Minha Casa, Minha Vida para 2018, após corte de R$ 1,5 bilhão nos recursos destinados.
Baldy não entrou em detalhes sobre as cifras em negociação, mas afirmou que a pasta está “sensibilizando o Ministério do Planejamento, porque é uma determinação do presidente Michel Temer de levar mais moradia às pessoas e melhorar a economia, gerando emprego e distribuindo renda”. De acordo com o ministro o “Minha Casa, Minha Vida é um dos programas mais importante para que essas diretrizes sejam alcançadas”. Vale lembrar que o presidente Michel Temer anunciou o lançamento de 21 mil unidades em 30 municípios de 14 estados na última quarta-feira (20).
As declarações foram dadas durante entrevista de Baldy ao do Programa Por Dentro do Governo, da TV NBR, controlada pelo governo federal.
Ainda segundo o dirigente da pasta das Cidades, o Minha Casa Minha Vida terá todos os recursos necessários para atender a faixa mais importante, das pessoas de baixa renda. Baldy explicou que as contratações de moradias da faixa 1 do programa, para famílias com renda até R$ 1,8 mil, ficaram suspensas em 2015 e 2016, sendo retomadas em 2017. “Neste ano já foram disponibilizadas 100 mil unidades habitacionais e, no início de 2018, outras serão disponibilizadas em todas as faixas para que se consiga chegar a todos que precisam”, sinalizou o ministro, nomeado no final de novembro para a vaga deixada por Bruno Araújo.
Relevância - Entre 2008 e 2017 os imóveis no bojo do Minha Casa Minha Vida representaram 77,8% dos lançamentos no País, de acordo com a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) – ou 6,3 milhões de unidades. Destas, 307 mil foram lançadas em 2017 até o mês de agosto. A meta de entregas do governo federal para o ano previa 610 mil unidades.