(MoneyTimes – Economia – 11/01/2021)
Lucas Simões
O Safra recalibrou suas estimativas para as ações de construção civil brasileiras, além de iniciar a cobertura de mercado de três empresas do setor imobiliário, sendo que uma delas promete dobrar seu valor até o final de 2021, já que este ano tende a ser muito promissor para tal segmento.
A equipe do banco manteve a recomendação de compra para os papéis da Cyrela (CYRE3), mas aumentando o preço-alvo a R$ 32,3 — ante R$ 29,4 na última avaliação.
O Safra também iniciou a cobertura das seguintes companhias: Cury (CURY3), Lavvi (LAVV3) e Plano&Plano (PLPL3); sendo a última mencionada a ação que deverá valorizar 99% até dezembro.
“Ampliamos nossas apostas para a Cyrela, principalmente levando em conta novas perspectivas para suas subsidiárias, e revisando nosso modelo de valuation para a companhia, ao incorporar os resultados dos últimos trimestres”, explica o analista Luiz Peçanha, que assina o relatório do Safra.
As construtoras brasileiras devem continuar a se beneficiar do crescimento da demanda por imóveis, tendo em mente o cenário de taxas juros em mínimas históricas, como a própria Selic, que aumentam a tração dos consumidores no Brasil, comenta Peçanha.
Por outro lado, o analista também pondera que a disparada da inflação na construção é uma ameaça de curto prazo para o setor como um todo, especialmente para players de baixa renda com operações focadas no programa habitacional Casa Verde e Amarela do governo federal.
No caso específico da Plano&Plano (PLPL3), os principais eventos catalisadores para as ações da companhia são: o desconto exagerado de preço dos papéis; o longo histórico de rentabilidade do segmento de baixa renda; o foco em São Paulo, a economia mais dinâmica do Brasil; e a melhora dos padrões de governança corporativa.
Em relação à Cury (CURY3) e à Lavvi (LAVV3), o destaque para ambas é a perspectiva de aumento de vendas e expansão das marcas. A Lavvi também já foi alvo de um relatório exclusivo do BTG Pactual (BPAC11), apontando a companhia como “uma das melhores assimetrias de risco/retorno de qualquer construtora residencial brasileira“.