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Condições para compra de imóvel melhoram, mas crises de renda e confiança adiam o reaquecimento

13/08/2018 / Categorias Mercado imobiliário

O mercado imobiliário está otimista com as mudanças recentes anunciadas pelo governo para impulsionar o setor. Entre estas, o aumento do limite de financiamento com recursos do FGTS para R$ 1,5 milhão em todo país, regras mais flexíveis nos contratos, além de incentivos para o financiamento de imóveis abaixo de R$ 500 mil.

No Rio, a notícia veio com uma brisa que promete mudar o cenário de estagnação —com centenas de unidades estocadas — para o de novos lançamentos.

As regras, a princípio, devem começar a valer em janeiro — embora haja rumores de que entrem em vigor logo nas próximas semanas, diante da boa repercussão gerada. A expectativa é de pôr R$ 80 bilhões em novos empréstimos nos próximos seis anos.

Há ainda a perspectiva de que o aumento do número de compradores, acirre a concorrência tanto entre os bancos quanto entre os próprios compradores — e de que isso leve a uma subida nos preços dos imóveis. Mas, calma: os impactos reais só deverão ser a médio e longo prazo.

Para o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio (Ademi), Claudio Hermolin, o reaquecimento ainda levará um tempo. Segundo ele, a curto prazo haverá somente o aumento na pesquisa de imóveis para compra, mas apenas em um segundo momento é que as vendas acontecerão.

— Só em uma terceira etapa é que haverá a redução nos estoques, e isso levará a novos lançamentos e a novos preços — completa.

Diante desses desdobramentos, ele acredita que agora ainda é a melhor hora para comprar um imóvel, pois os preços ainda não subiram.

— Comprar agora é vantajoso, seja à vista ou em financiamento, pois a tendência é de que os preços aumentem daqui para frente graças às recentes facilidades — afirma o gerente de projetos da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Renato Lomonaco.

O professor do MBA em Negócios Imobiliários da FGV, Paulo Pôrto, antevê que o aquecimento do mercado, de fato, deve acontecer a longo prazo, pois, mesmo com o crédito melhorando, a crise de confiança ainda é um desafio.

— O aquecimento vai demorar um pouco, pois o tripé para a compra de um imóvel é crédito, renda e confiança. E, num país com 13 milhões de desempregados, a renda ainda está muito abalada e, assim, as pessoas ainda têm medo de se comprometer. Isso faz com que a intenção de compra ainda seja adiada.

Taxas De Juros Ainda Mais Baixas - Outra mudança é que os bancos terão autonomia para acertar os juros com os clientes. As instituições não dizem se vão baixar juros — limitam-se a informar que as taxas já tiveram muitas quedas nos últimos anos e que seguirão “o mercado”.

Com eleições à vista e algumas limitações da Caixa (como a suspensão do Programa Pró-Cotista da modalidade imóvel usado para novas prospecções), aguardar faz parte da estratégia.

Todavia, os especialistas acreditam que a disputa pela clientela deve levar os bancos a reduzir suas taxas — ainda que pouco.

— Vai mudar porque vai haver mais crédito disponível e mais ofertas. Antes os bancos tinham limite de financiamento e agora não têm mais. Por isso, vão deixar as taxas mais atrativas, justamente para esse público que pode pagar mais — diz Lomonaco.

Pôrto explica que a Caixa já começou o movimento para queda, que deve ser seguida pelos demais bancos:

— Logo depois os bancos privados deverão começar uma redução dos juros para crédito imobiliário. Será após essa crise de confiança, quando o cliente começar, realmente, a buscar imóveis.

O diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, também crê que os juros vão baixar. Pouco, ressalta. Ele destaca que os imóveis tiveram alta valorização até 2016 e os tetos-limite para financiamento no Rio já não faziam sentido.

— Os bancos privados cresceram muito com as limitações da Caixa e essas mudanças abriram espaço para outros bancos e, consequentemente, para a concorrência. Isso deve levar a juros ainda mais baixos, mas em contrapartida, com mais pessoas motivadas a comprar, os imóveis tenderão a valorizar.

Fabrizio Ianelli, superintendente executivo de Negócios Imobiliários do Santander, diz que ainda não há previsão de redução da taxa de juros e concorda com Porto sobre o desafio da crise de confiança.

— Não vejo muito espaço no momento ainda para redução de taxa de juros no mercado. O cenário ainda precisa ficar melhor, inclusive a confiança do consumidor. Mas o que vemos já é um esforço por parte das incorporadoras em vender estoques.

Já Leandro Diniz, diretor de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco diz que, por enquanto, não há previsão de mudanças quanto a juros e limite de financiamento, que hoje é de 80% do valor total. Segundo ele, as taxas deverão continuar nesse patamar.

Cristiane Magalhães, diretora do Itaú Unibanco, reforça a posição da queda de juros nos últimos anos e diz que “sempre que há oportunidade, trabalhamos para reduzi-la”. E a Caixa e o Banco do Brasil não se manifestaram a respeito da redução.

O professor de Economia & Finanças do Ibmec, Nelson de Sousa, observa que potenciais compradores podem até se empolgar, mas devem ter os pés no chão. Para ele, o limite mais alto aumenta o leque de opções, porém as taxas de juros e limites de funcionamento não devem mudar muito.

— O comprador tem que avaliar o gasto efetivo que terá por mês, considerando todos encargos, tarifas e a prestação, e lembrando de outras despesas, como o condomínio.

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